Melhores sistemas de som para banda: Monte o Seu!

Juliana Lima Silva
Juliana Lima Silva
9 min. de leitura

Montar o sistema de som certo para sua banda é o que separa um ensaio produtivo de um barulho caótico e um show memorável de uma apresentação inaudível. Este guia analisa os componentes fundamentais para você construir um sistema de PA (Public Address) que atenda às suas necessidades, seja para ensaiar na garagem ou tocar em bares e pequenas casas de show.

Avaliamos cinco peças-chave, de mesas de som a caixas e equalizadores, para que você invista seu dinheiro com inteligência e obtenha um som de qualidade profissional.

Como Montar o Sistema de Som Ideal para Sua Banda

Um sistema de som para banda, também conhecido como sistema de PA, tem três elementos básicos: captura, mixagem e reprodução. Microfones e instrumentos capturam o som. A mesa de som (mixer) combina e processa esses sinais.

O amplificador aumenta a força do sinal mixado, que é finalmente reproduzido pelas caixas de som para o público. O segredo é escolher componentes que funcionem bem juntos e que sejam adequados ao tamanho da sua banda e aos locais onde vocês tocam.

Uma banda de rock com bateria acústica tem necessidades muito diferentes de um duo de voz e violão.

Nossas análises e classificações são completamente independentes de patrocínios de marcas e colocações pagas. Se você realizar uma compra por meio dos nossos links, poderemos receber uma comissão. Diretrizes de Conteúdo

Análise: 5 Componentes Essenciais para o Som da Banda

Analisamos cinco produtos que representam categorias de equipamentos essenciais na montagem de um sistema de som. Avaliamos cada um pensando em diferentes perfis de bandas, desde as que estão começando e precisam de soluções simples, até as que buscam mais controle e profissionalismo no som ao vivo.

1. Mesa De Som Portátil 3 canais com Bluetooth

Esta mesa de som portátil é a definição de simplicidade e conveniência para configurações mínimas. Com apenas três canais, ela é a escolha ideal para artistas solo, duos acústicos ou palestrantes.

Se você é um vocalista que toca violão ou teclado, este mixer oferece o essencial: uma entrada combinada XLR/P10 para seu microfone e instrumento, além de um canal estéreo. A conectividade Bluetooth é um recurso prático, permitindo que você toque backing tracks ou músicas de um smartphone sem a necessidade de cabos adicionais, o que é ótimo para intervalos de shows ou para ensaiar com faixas de acompanhamento.

Para uma banda completa, com bateria, baixo, guitarra e múltiplos vocais, este mixer é insuficiente. Os três canais seriam preenchidos instantaneamente, sem espaço para microfonar outras peças.

Portanto, seu uso é específico: é uma ferramenta excelente para quem precisa de máxima portabilidade para apresentações pequenas e com poucos elementos sonoros. Pense nela como um hub central para um músico que se apresenta sozinho em cafés, eventos corporativos ou como uma interface simples para transmitir uma live com qualidade de áudio superior à de um microfone de computador.

Prós
  • Extremamente portátil e leve.
  • Conectividade Bluetooth para tocar backing tracks.
  • Interface simples, ideal para iniciantes.
Contras
  • Apenas três canais, inadequado para a maioria das bandas.
  • Falta de recursos avançados como saídas auxiliares para monitores.
  • Controles de equalização limitados.

2. Equalizador Gráfico Digital 31 Bandas com DSP

Este equalizador gráfico digital é uma ferramenta de nível profissional para quem leva a sério a qualidade do som ao vivo. Com 31 bandas de frequência para ajustar, ele oferece controle total sobre a sonoridade do seu sistema de PA.

Este aparelho é para a banda que já tem um sistema funcional, mas sofre com problemas de microfonia (feedback) ou com a acústica ruim de diferentes locais. Ele permite identificar e atenuar com precisão as frequências que estão causando problemas, resultando em um som mais limpo, claro e com maior volume antes de a microfonia começar.

O processamento de sinal digital (DSP) é o grande diferencial aqui. Ele permite que você salve configurações de equalização como presets. Isso significa que você pode criar um preset para o bar A, outro para o teatro B e um terceiro para o seu estúdio de ensaio, carregando a equalização perfeita para cada ambiente com o toque de um botão.

Se sua banda já conta com um técnico de som ou tem um integrante dedicado a cuidar do áudio, este equalizador é um investimento que eleva a qualidade do seu show a um novo patamar.

Para iniciantes, a curva de aprendizado pode ser íngreme.

Prós
  • Controle cirúrgico sobre 31 bandas de frequência.
  • DSP integrado permite salvar e carregar presets.
  • Ferramenta eficaz para eliminar microfonia.
Contras
  • Complexo para usuários sem experiência em áudio.
  • Exige conhecimento técnico para ser usado corretamente.
  • Pode ser um exagero para sistemas de som muito simples.

3. Monitor de Estúdio Ativo Kolt MK1200R

O Kolt MK1200R se posiciona como um monitor de referência, mas seu formato e características o tornam uma opção versátil. Para bandas, seu melhor uso é como um monitor de retorno pessoal.

Por ser ativo, ele possui seu próprio amplificador interno, o que simplifica a montagem: basta conectar uma saída auxiliar da sua mesa de som diretamente nele. Ele é perfeito para o tecladista que precisa de uma referência estéreo clara, para o baterista com kit eletrônico ou para o vocalista em um palco de volume controlado.

A resposta de frequência plana, típica de monitores de estúdio, garante que você ouça seu som sem colorações.

É importante entender que este não é um monitor de palco tradicional, conhecido como 'wedge', projetado para suportar o rigor da estrada e volumes altíssimos. O MK1200R é mais delicado e sua projeção sonora pode não ser suficiente para competir com o volume de um amplificador de guitarra valvulado e uma bateria acústica em um palco barulhento.

Portanto, a escolha é ideal para músicos que precisam de um monitoramento individual detalhado em ensaios, home studios ou em apresentações com volume mais baixo.

Prós
  • Ativo, não precisa de amplificador externo.
  • Resposta de frequência plana para monitoramento preciso.
  • Compacto e ideal para monitoramento pessoal.
Contras
  • Volume pode ser insuficiente para palcos muito barulhentos.
  • Não possui a robustez de um monitor de palco tradicional.
  • Projeção sonora direcional e menos ampla.

4. Equalizador de Áudio 5 Bandas Pré-amplificador

Se o equalizador de 31 bandas é um bisturi, este modelo de 5 bandas é um canivete suíço. Simples, compacto e funcional, ele é a ferramenta perfeita para músicos que desejam um controle tonal rápido sobre seu instrumento antes do sinal chegar à mesa de som principal.

Um violonista, por exemplo, pode usar este pré-amplificador para ajustar graves, médios e agudos do seu captador, garantindo que seu som chegue perfeito ao técnico de som. A função de pré-amplificador também é útil para dar mais ganho a instrumentos com sinal de saída baixo.

Para a banda, ele também pode servir como um equalizador geral para um sistema de PA muito pequeno, como o usado em ensaios ou em apresentações de rua. Se sua mesa de som tem um EQ limitado ou inexistente, este aparelho pode ser inserido entre a mesa e o amplificador para dar um controle básico sobre a sonoridade final.

É uma solução de baixo custo para quem precisa de ajustes tonais pontuais e não de uma correção acústica complexa. Sua simplicidade é seu maior trunfo, sendo uma escolha inteligente para músicos práticos.

Prós
  • Fácil de usar e muito intuitivo.
  • Função de pré-amplificador para aumentar o sinal.
  • Compacto, pode ser facilmente integrado ao setup de um instrumento.
Contras
  • Controle tonal limitado com apenas 5 bandas.
  • Não serve para resolver problemas complexos como microfonia.
  • Construção pode não ser a mais robusta para a estrada.

5. HAYONIK Caixa Passiva 60W com Suporte Incluso

Esta caixa de som da HAYONIK é uma opção de entrada para quem precisa de um reforço sonoro básico. Sendo uma caixa passiva, ela exige um amplificador de potência externo para funcionar, um detalhe crucial a ser considerado no orçamento.

Com 60W de potência RMS, ela é adequada para ensaios em ambientes controlados, pequenas palestras ou apresentações acústicas em locais como cafeterias. O volume não será suficiente para competir com uma bateria acústica ou para preencher um bar com dezenas de pessoas.

Para bandas, o uso mais indicado para este par de caixas seria como monitores de palco de baixo volume ou como o PA principal para um duo acústico. O fato de incluir o suporte para tripé é um grande benefício, pois elimina um custo extra e facilita a montagem e o posicionamento correto das caixas, que devem ficar na altura dos ouvidos do público.

Se sua banda está começando, tem um orçamento apertado e toca em volumes baixos, este kit oferece um ponto de partida acessível, mas esteja ciente das suas limitações de potência.

Prós
  • Bom custo-benefício para iniciantes.
  • Suporte para tripé incluso.
  • Leve e fácil de transportar para pequenos eventos.
Contras
  • Potência de 60W RMS é baixa para shows com banda completa.
  • Passiva, necessita de um amplificador de potência externo.
  • Qualidade de graves limitada devido ao tamanho.

Mixer vs. Equalizador: Qual a Função de Cada Um?

Muitos músicos confundem as funções da mesa de som (mixer) e do equalizador gráfico. A mesa de som é o centro de comando do seu áudio. É nela que você conecta todos os microfones e instrumentos.

Cada canal da mesa permite ajustar o volume, o panorama (posição estéreo) e uma equalização básica (geralmente graves, médios e agudos) para cada fonte sonora individualmente. O objetivo do mixer é criar uma mistura equilibrada de todos os sons.

O equalizador gráfico, por outro lado, atua sobre o som já mixado. Ele é conectado na saída principal da mesa, antes do amplificador, e serve para ajustar a sonoridade do sistema como um todo à acústica do ambiente.

Com suas múltiplas bandas, ele permite cortar ou aumentar frequências específicas para corrigir problemas como excesso de graves em uma sala pequena ou para eliminar a frequência exata que está causando microfonia.

Em resumo: o mixer mistura os instrumentos, o equalizador ajusta o som final ao local.

Caixa Passiva ou Monitor: Qual a Melhor Escolha?

A confusão entre 'caixa' e 'monitor' é comum. Ambos são alto-falantes, mas com finalidades distintas. As caixas de PA são voltadas para o público. Elas são projetadas para dispersar o som de forma ampla e preencher o ambiente.

Já os monitores de palco são voltados para os músicos. Eles têm uma dispersão mais focada e são posicionados no chão, apontados para a banda, para que cada músico possa se ouvir claramente durante a performance.

Uma banda precisa de ambos: caixas de PA para o público e monitores para o palco.

Dentro dessas categorias, existe a distinção entre ativo e passivo. Uma caixa ativa tem o amplificador embutido, simplificando a ligação. Uma caixa passiva precisa de um amplificador de potência externo.

A escolha depende do seu orçamento e necessidade de flexibilidade. Sistemas ativos são mais fáceis de montar (plug-and-play), enquanto sistemas passivos permitem combinações mais personalizadas de amplificadores e caixas.

Potência e Canais: O Que Sua Banda Precisa?

  • Canais da Mesa de Som: Conte o número de microfones e instrumentos que você precisa conectar simultaneamente. Uma banda de rock básica (bateria, baixo, guitarra, vocal) precisa de no mínimo 8 canais, mas 12 a 16 canais oferecem mais flexibilidade para microfonar a bateria ou adicionar mais instrumentos e vocais. Sempre escolha uma mesa com mais canais do que você precisa atualmente.
  • Potência (Watts RMS): A potência necessária depende do local e do estilo musical. Para ensaios e shows acústicos em cafés, 200 a 500 Watts RMS podem ser suficientes. Para tocar em bares e festas pequenas com banda completa, mire em algo entre 500 e 1500 Watts RMS. Lembre-se que dobrar a potência não dobra o volume percebido; é preciso multiplicar a potência por dez para ter a sensação de dobro de volume.

Perguntas Frequentes

Conheça nossos especialistas

Artigos Relacionados