Melhores piolets para alpinismo: Como Escolher?

Escolher o piolet certo é uma decisão de segurança, não apenas de equipamento. Esta ferramenta é sua principal aliada em terrenos de neve e gelo, funcionando como ponto de apoio, freio em caso de quedas e ferramenta de escalada.

Este guia detalha os critérios para você encontrar o modelo ideal para suas expedições, garantindo performance e confiança na montanha. Analisamos os tipos, materiais e certificações que você precisa conhecer antes de comprar.

A escolha de um piolet depende diretamente do tipo de terreno que você pretende enfrentar. Avaliar suas necessidades é o primeiro passo para uma compra acertada. Os principais fatores que você deve analisar são:

• Tipo de piolet: Clássico para travessias ou técnico para escalada.
• Comprimento do cabo: Influencia diretamente sua postura e a eficácia em diferentes situações.
• Material e peso: Um equilíbrio entre a resistência do aço na cabeça e a leveza do alumínio no cabo.
• Curvatura da lâmina: Determina a eficiência da penetração em gelo duro.
• Certificação de segurança: A presença dos selos CE e UIAA, além da classificação (B ou T), indica os limites de uso do equipamento.

Para ilustrar como aplicar os critérios de seleção, analisamos um modelo de piolet focado no alpinismo clássico. Este exemplo ajuda a entender na prática como as características do produto se traduzem em performance na montanha.

Maior desempenho

Amarilante de Alpinista de Alpinismo de Rock de 80cm - Corda de Queixa de Olho - Equipamento de Alavanca para Escalar, Caminhadas e S

Disponível na Amazon

Ver OfertasVer comentários

Este piolet de 80cm se enquadra na categoria de piolet clássico, projetado primariamente para segurança e apoio em caminhadas glaciares e ascensões de inclinação moderada. O seu comprimento generoso o torna uma ferramenta excelente para ser usada como um bastão de apoio, ajudando a manter o equilíbrio e a sondar a neve para detectar gretas escondidas.

O acabamento lixado no cabo de alumínio visa oferecer uma aderência mais segura, mesmo com luvas molhadas, um detalhe importante para a segurança durante longas travessias.

Para quem este piolet é ideal? Ele é a escolha perfeita para o alpinista iniciante ou para quem pratica o montanhismo de altitude em rotas não técnicas, como as encontradas nos Andes ou em vulcões nevados.

Se o seu objetivo principal é ter uma ferramenta confiável para autoancoragem (self-arrest) em caso de escorregões e um ponto de apoio firme durante a progressão, este modelo cumpre a função com excelência.

Sua simplicidade e foco na função de segurança o tornam um ponto de partida sólido para quem está montando seu primeiro kit de alta montanha.

A principal diferença entre um piolet clássico e um técnico está no seu design, que reflete sua finalidade. O piolet clássico, ou de caminhada, possui um cabo reto e é mais longo (geralmente entre 55cm e 80cm).

Sua função é ser uma 'bengala de segurança'. Ele serve como terceiro ponto de apoio, para sondar a neve e, mais importante, para realizar a manobra de autoancoragem e parar uma queda em uma encosta de neve.

Já o piolet técnico é uma ferramenta de tração. Possui um cabo curvo e mais curto (em torno de 50cm), projetado para escalar paredes de gelo verticais ou terreno misto íngreme. A curvatura do cabo permite que a mão não bata no gelo durante o movimento de fincar a lâmina.

Suas lâminas são mais agressivas, com curvatura negativa, para uma penetração superior em gelo duro. Frequentemente, piolets técnicos são usados em pares, um em cada mão, para progressão contínua.

A maioria dos piolets modernos utiliza uma combinação de materiais para otimizar peso e resistência. A cabeça do piolet, que inclui a lâmina e a pá (adze) ou martelo, é quase sempre feita de aço.

O aço garante a durabilidade necessária para golpear gelo e rocha, além de manter a afiação. O cabo, por sua vez, é geralmente de alumínio para reduzir o peso total do equipamento, um fator importante em longas expedições.

Alguns cabos possuem uma seção emborrachada para melhorar a aderência.

O comprimento correto é fundamental para a funcionalidade do piolet clássico. Uma regra prática para escolher o tamanho é segurar o piolet pela cabeça, com o braço relaxado ao lado do corpo.

A ponta do piolet (ponteira) deve chegar aproximadamente na altura do seu tornozelo. Um piolet muito curto forçará você a se curvar para usá-lo como apoio, enquanto um muito longo será desajeitado e difícil de manobrar durante a autoancoragem.

Para piolets técnicos, a escolha é sempre por modelos mais curtos, que oferecem melhor controle e balanço para os movimentos de escalada.

A segurança é o aspecto mais importante de um piolet. Por isso, verifique sempre as certificações. A marcação CE (Conformité Européenne) indica que o produto atende aos padrões de segurança da União Europeia.

A UIAA (Union Internationale des Associations d'Alpinisme) é uma certificação ainda mais rigorosa, específica para equipamentos de montanhismo. Um piolet com ambas as certificações passou por testes rigorosos de resistência.

Dentro dessas certificações, os piolets são classificados em dois tipos: Básico (Tipo 1 ou B) e Técnico (Tipo 2 ou T). Um piolet com selo 'B' tem o cabo e a lâmina testados para as demandas do alpinismo clássico e caminhada em glaciar.

Um piolet com selo 'T' é construído com materiais mais robustos. Seu cabo e lâmina passam por testes de resistência mais exigentes, sendo adequados para escalada em gelo, ancoragens na neve e uso intenso em terreno técnico.

Para escalada, a classificação 'T' é obrigatória.