Melhores Pedais de Oitavador Para Guitarra: Guia

Juliana Lima Silva
Juliana Lima Silva
12 min. de leitura

Adicionar um pedal de oitavador ao seu setup é uma das formas mais eficazes de expandir sua paleta sonora. Seja para engrossar riffs, simular um baixo, ou criar texturas complexas, o oitavador certo transforma o som da sua guitarra.

Este guia analisa os melhores modelos disponíveis, detalhando as diferenças entre pedais polifônicos, analógicos e os agressivos octave fuzz. Aqui, você encontrará a informação necessária para escolher o pedal que se alinha perfeitamente ao seu estilo musical e às suas necessidades.

Polifônico vs. Analógico: Como Escolher o Oitavador?

A primeira grande decisão ao escolher um oitavador é entre um modelo analógico e um polifônico. Pedais analógicos, os pioneiros do efeito, são monofônicos. Isso significa que eles rastreiam e processam uma nota por vez.

São conhecidos por seu timbre quente e orgânico, muitas vezes com imperfeições charmosas, como leves falhas no rastreamento que adicionam caráter. São ideais para guitarristas que tocam riffs de nota única ou linhas de baixo simuladas, buscando um som clássico e com pegada vintage.

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Já os oitavadores polifônicos usam processamento digital para rastrear múltiplas notas simultaneamente. Isso permite que você toque acordes completos e obtenha o efeito de oitava em cada nota, sem falhas ou glitches.

O som é geralmente mais limpo, preciso e moderno. Se você é um guitarrista que trabalha com harmonias complexas, texturas ambientais ou precisa de um efeito de oitava cristalino para acordes, um pedal polifônico é a escolha correta.

Eles oferecem maior fidelidade e versatilidade para estilos musicais contemporâneos.

Análise: Os 9 Melhores Pedais de Oitavador

1. SONICAKE Octave Analógico Clássico

O SONICAKE Octave oferece o clássico som de um oitavador analógico em um formato mini e acessível. Com controles simples para uma oitava abaixo, duas oitavas abaixo e o sinal original (Dry), ele vai direto ao ponto.

Sua principal força está em gerar linhas de baixo encorpadas e adicionar peso a riffs monofônicos. O tracking é típico de um pedal analógico: funciona bem com notas claras e distintas, mas pode apresentar os característicos 'glitches' em passagens rápidas ou com dinâmica irregular, o que para muitos é parte do charme do efeito.

Este pedal é a escolha perfeita para o guitarrista que busca o som de um oitavador analógico clássico sem investir muito. Se você precisa de um efeito simples para engrossar seus solos e riffs, ou está montando seu primeiro pedalboard e quer experimentar o efeito de oitava, o SONICAKE entrega um ótimo custo-benefício.

Para quem toca estilos como blues, rock clássico ou funk, onde linhas de baixo marcantes são bem-vindas, ele se torna uma ferramenta prática e eficiente.

Prós
  • Preço extremamente acessível.
  • Formato mini, economiza espaço no pedalboard.
  • Timbre analógico quente e clássico.
  • Controles simples e intuitivos.
Contras
  • Tracking monofônico, não funciona com acordes.
  • Pode apresentar falhas em notas muito rápidas ou com pouco sustain.
  • A ausência de controle de tonalidade limita a modelagem do som.

2. MXR M306 Poly Blue Octave

O MXR Poly Blue Octave é uma verdadeira potência em um pedal compacto. Ele combina o melhor dos dois mundos: um tracking polifônico impecável e a opção de um som monofônico vintage, similar ao clássico OC-2.

O pedal oferece quatro oitavas independentes: uma acima, duas acima, uma abaixo e duas abaixo. Além disso, ele inclui um circuito de fuzz e um efeito de modulação, que podem ser aplicados às oitavas.

Essa combinação permite criar desde sons de órgão até leads de sintetizador agressivos.

Para o guitarrista profissional ou o entusiasta que busca versatilidade máxima, o Poly Blue Octave é imbatível. Se você precisa de um tracking perfeito para acordes complexos, a capacidade de alternar para um modo monofônico com pegada retrô, e ainda quer explorar texturas com fuzz e modulação, este pedal é a solução completa.

Ele é ideal para músicos de estúdio e para quem toca ao vivo em estilos que vão do pop ao rock progressivo, onde a flexibilidade sonora é fundamental.

Prós
  • Tracking polifônico de alta precisão.
  • Quatro oitavas controláveis independentemente.
  • Inclui efeitos de fuzz e modulação.
  • Modo monofônico para sons clássicos.
Contras
  • Preço elevado em comparação com modelos mais simples.
  • A quantidade de controles pode ser intimidadora para iniciantes.
  • O efeito de fuzz é atrelado às oitavas, não pode ser usado de forma independente.

3. TC Electronic Brainwaves Pitch Shifter

O TC Electronic Brainwaves vai além de um simples oitavador. É um pitch shifter completo, capaz de gerar duas vozes adicionais em uma ampla gama de intervalos, não apenas oitavas.

Sua principal vantagem é a tecnologia MASH, um footswitch sensível à pressão que permite controlar parâmetros do efeito em tempo real, como fazer bends de afinação. A integração com o software TonePrint expande ainda mais suas capacidades, permitindo carregar presets criados por artistas famosos ou customizar o seu próprio efeito em detalhes.

Este pedal é a escolha ideal para o guitarrista experimental que deseja explorar harmonias e texturas fora do comum. Se você não quer se limitar a oitavas e busca criar sons de whammy, detune, ou harmonias inteligentes, o Brainwaves é uma ferramenta criativa poderosa.

Para músicos que gostam de tecnologia e de personalizar seus timbres ao extremo através do TonePrint, ele oferece um universo de possibilidades sonoras que pedais de oitava tradicionais não conseguem alcançar.

Prós
  • Pitch shifter polifônico versátil, não apenas um oitavador.
  • Tecnologia MASH para controle expressivo em tempo real.
  • Compatibilidade com TonePrint para presets ilimitados.
  • Construção robusta e compacta.
Contras
  • Pode ser complexo para quem busca apenas um efeito de oitava simples.
  • O som das oitavas pode soar um pouco mais digital do que em pedais dedicados.
  • A dependência do software para edições profundas pode não agradar a todos.

4. Mooer Tender Octaver Pro Digital

O Mooer Tender Octaver Pro expande a popularidade do seu irmão menor, o Tender Octaver MkII, em um formato mais completo e com mais controles. Este pedal digital polifônico oferece controles separados para oitava superior, oitava inferior e sub-oitava, além de knobs de Tone e Pitch para cada uma das vozes, permitindo uma modelagem sonora detalhada.

É possível salvar até quatro presets diretamente no pedal, facilitando a troca de timbres durante uma apresentação ao vivo.

Para o guitarrista que precisa de um oitavador polifônico confiável com opções de customização sonora e a conveniência de presets, o Tender Octaver Pro é uma excelente opção. Se você toca em uma banda cover ou em um projeto que exige diferentes tipos de som de oitava, a capacidade de salvar suas configurações é um grande diferencial.

Ele se posiciona como uma alternativa mais acessível a modelos premium, entregando um tracking polifônico sólido e controles que permitem ajustar o caráter das oitavas, seja para um som mais suave ou mais presente.

Prós
  • Tracking polifônico consistente.
  • Controles de Tone e Pitch para as vozes de oitava.
  • Capacidade de salvar 4 presets de usuário.
  • Boa relação entre recursos e preço.
Contras
  • Tamanho maior que a maioria dos pedais Mooer.
  • O som da oitava superior pode soar um pouco artificial em configurações extremas.
  • A navegação entre os presets poderia ser mais intuitiva.

5. Mingzhe Voodoo Octave Fuzz

O Mingzhe Voodoo Octave Fuzz é um pedal dois-em-um que combina um circuito de fuzz agressivo com um efeito de oitava superior. Inspirado em pedais clássicos de octave fuzz, ele entrega um timbre cortante e caótico, perfeito para solos psicodélicos e riffs de rock pesado.

Os controles permitem ajustar o volume, o ganho do fuzz e a intensidade do efeito de oitava. Uma chave seletora permite usar apenas o fuzz ou combinar os dois efeitos, oferecendo alguma flexibilidade.

Este pedal é projetado especificamente para o guitarrista que ama o som de Jimi Hendrix, Jack White ou o rock de garagem e stoner. Se você busca um efeito de oitava para adicionar textura e não para engrossar o som com notas graves, o Voodoo Octave Fuzz é a escolha certa.

Não é um pedal sutil; sua função é criar um som rasgado e cheio de harmônicos. É uma ferramenta de nicho, mas extremamente eficaz para quem quer recriar timbres clássicos de rock com um orçamento limitado.

Prós
  • Combina dois efeitos (fuzz e oitava superior) em um pedal.
  • Preço muito baixo, ideal para experimentação.
  • Recria o som clássico de octave fuzz de forma convincente.
  • Construção em metal resistente.
Contras
  • Efeito de oitava é apenas superior, sem oitavas graves.
  • O tracking da oitava é monofônico e funciona melhor nas casas mais agudas do braço.
  • O som do fuzz pode ser muito estridente para alguns gostos.

6. DigiTech Drop Compact Polyphonic Pitch-Shifter

O DigiTech Drop não é um oitavador tradicional, mas sim um pitch shifter polifônico especializado em desafinar a guitarra. Seu propósito é permitir que você mude de afinação com o toque de um botão, indo de um semitom até uma oitava completa abaixo.

O tracking polifônico é de altíssima qualidade, permitindo que acordes complexos soem naturais mesmo em afinações muito baixas. Ele também possui um modo que mistura o sinal original com a oitava abaixo, funcionando como um oitavador clássico.

Este pedal é a ferramenta definitiva para o guitarrista que toca em bandas com múltiplas afinações e não quer levar várias guitarras para o show. Se você precisa passar da afinação padrão para Eb, D ou até C em segundos, o Drop faz isso de forma impecável.

Para músicos de metal, hard rock ou qualquer estilo que utilize afinações graves, ele é um item essencial. Sua função de oitavador é um bônus, mas a principal razão para comprá-lo é sua capacidade de ser um canivete suíço para mudanças de afinação.

Prós
  • Tracking polifônico líder de mercado para desafinação.
  • Permite mudanças de afinação instantâneas.
  • Construção robusta e confiável.
  • Modo Octave + Dry funciona como um bom oitavador.
Contras
  • Função principal é desafinar, não é um oitavador dedicado com múltiplos controles.
  • Em afinações extremamente baixas, pode soar um pouco digital.
  • Exige uma fonte de alimentação com corrente mais alta que a maioria dos pedais.

7. Mooer M730 Digital Octaver Compacto

O Mooer M730 é a mais nova geração de oitavadores compactos da marca, focando em simplicidade e performance. Este pedal polifônico oferece controles de volume independentes para oitava superior (Upper), oitava inferior (Lower) e o sinal limpo (Dry).

Seu tamanho micro é um dos seus maiores atrativos, cabendo em praticamente qualquer pedalboard. O algoritmo digital foi aprimorado para oferecer um tracking rápido e preciso, tanto para notas únicas quanto para acordes, com latência muito baixa.

Este pedal é perfeito para o guitarrista que precisa de um oitavador polifônico confiável e não tem espaço sobrando no pedalboard. Se você busca um efeito de oitava 'plug-and-play', sem a complexidade de múltiplos menus ou controles de tonalidade, o M730 é a escolha certa.

Sua simplicidade e performance sólida o tornam ideal para músicos que querem adicionar corpo ao seu som de forma rápida e eficiente, seja para simular uma guitarra de 12 cordas com a oitava superior ou para engrossar riffs com a oitava inferior.

Prós
  • Formato micro, ideal para pedalboards cheios.
  • Tracking polifônico rápido e com baixa latência.
  • Controles extremamente simples e intuitivos.
  • Preço competitivo para um pedal polifônico.
Contras
  • Falta de controles de tonalidade para as oitavas.
  • O som da oitava superior pode ser sutil demais para alguns.
  • Não possui modos ou recursos extras como outros pedais da mesma faixa de preço.

8. Fuhrmann Moskito Octafuzz

O Fuhrmann Moskito Octafuzz é um pedal nacional que se destaca pela sua qualidade de construção e timbre único. Como o nome sugere, ele combina um fuzz vintage com um efeito de oitava superior.

O circuito analógico proporciona um som orgânico e responsivo, que reage bem à dinâmica da sua palhetada e aos controles de volume da guitarra. Os controles são simples, com knobs para Fuzz, Tone e Level, permitindo ajustar a agressividade e o brilho do efeito.

Para o guitarrista que valoriza produtos nacionais e busca um timbre de octave fuzz de alta qualidade, o Moskito é uma escolha excelente. Se você é fã de rock psicodélico, blues rock sujo ou stoner, este pedal entrega o timbre clássico com autoridade.

Ele não é um oitavador versátil, mas sim uma ferramenta especializada. É ideal para quem quer um som de solo que corta a mix com harmônicos agressivos e uma textura cortante, sem a necessidade de oitavas graves.

Prós
  • Produto de fabricação nacional com alta qualidade.
  • Timbre de octave fuzz analógico e orgânico.
  • Construção robusta em um chassi compacto.
  • Ótima resposta à dinâmica do guitarrista.
Contras
  • Efeito de nicho, não é um oitavador tradicional.
  • O tracking da oitava é melhor nas notas mais agudas.
  • Não possui controle de mix para o efeito de oitava.

9. LAURAG AOS-3 Octpus Polifônico

O LAURAG AOS-3 Octpus se apresenta como uma das opções mais acessíveis para quem deseja um oitavador polifônico. Ele oferece controles de mix para uma oitava acima, uma oitava abaixo e o sinal original, tudo em um chassi mini.

Com três modos selecionáveis (FAT, TIGHT, SWELL), ele tenta oferecer alguma versatilidade. O modo FAT tem um som mais grave e encorpado, TIGHT é mais focado e preciso, e SWELL adiciona um efeito de volume automático para criar texturas ambientais.

Se você está com o orçamento muito apertado mas faz questão de um oitavador que funcione com acordes, o LAURAG Octpus é a porta de entrada. É uma escolha para iniciantes ou para guitarristas que querem experimentar o efeito polifônico sem gastar muito.

O modo SWELL, em particular, pode ser interessante para músicos que tocam estilos mais atmosféricos. Ele não compete em fidelidade ou tracking com os modelos premium, mas cumpre a função básica de adicionar oitavas a acordes de forma satisfatória.

Prós
  • Preço muito baixo para um pedal polifônico.
  • Formato mini economiza espaço.
  • Três modos que adicionam alguma versatilidade sonora.
  • Operação simples e direta.
Contras
  • O tracking polifônico pode falhar em acordes muito complexos ou rápidos.
  • A qualidade sonora das oitavas é inferior à de modelos mais caros.
  • O modo SWELL tem um tempo de ataque fixo, limitando sua aplicação.

Pitch Shifter vs. Octave Fuzz: Qual a Diferença?

Embora relacionados, esses efeitos têm propósitos distintos. Um pedal de oitava é, tecnicamente, um tipo de pitch shifter, mas focado exclusivamente em criar notas uma ou mais oitavas acima ou abaixo da nota original.

Seu objetivo principal é engrossar o som ou criar harmonias de oitava.

Um pitch shifter, como o TC Electronic Brainwaves, é mais abrangente. Ele pode criar qualquer intervalo musical, não apenas oitavas. Você pode gerar terças, quartas, quintas, etc., para criar harmonias complexas.

Já o octave fuzz é um efeito híbrido. Ele combina um circuito de fuzz com um gerador de oitava superior analógico. O resultado é um som agressivo, rico em harmônicos e com um caráter 'selvagem', muito diferente do som limpo de um oitavador digital.

Entendendo o Tracking e a Latência nos Pedais

Dois termos técnicos são fundamentais ao avaliar um oitavador: tracking e latência. O 'tracking' refere-se à capacidade do pedal de 'ler' e processar a nota que você está tocando de forma precisa e rápida.

Um tracking ruim resulta em notas que falham, pulam de oitava ou simplesmente não são processadas. Pedais polifônicos modernos geralmente têm um tracking excelente, enquanto pedais analógicos podem ter um tracking mais 'temperamental', que alguns músicos apreciam como parte do seu charme.

A 'latência' é o pequeno atraso entre o momento em que você toca a nota e o momento em que ouve o som processado pelo pedal. Em pedais digitais de baixa qualidade, essa latência pode ser perceptível e atrapalhar o seu tempo.

Nos melhores pedais, a latência é praticamente zero, garantindo que o efeito soe como uma parte natural do seu som, e não como algo atrasado.

A Importância do True Bypass em Pedais de Efeito

O 'True Bypass' é um recurso importante para muitos guitarristas. Em um pedal com true bypass, quando o efeito está desligado, o sinal da guitarra passa diretamente do jack de entrada para o de saída, sem passar por nenhum componente do circuito do pedal.

Isso garante que o seu timbre original permaneça completamente inalterado. É a opção mais transparente.

A alternativa é o 'buffered bypass'. Nesse sistema, mesmo com o pedal desligado, o sinal passa por um buffer, um pequeno circuito que fortalece o sinal. Isso pode ser útil para evitar a perda de agudos que ocorre em setups com muitos pedais ou cabos longos.

A desvantagem é que um buffer de baixa qualidade pode colorir o seu timbre. A escolha entre os dois depende do seu setup e da sua preferência pessoal por pureza de sinal.

Perguntas Frequentes

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