Melhores notebooks para quem trabalha com vídeo? 6 Opções Potentes

Juliana Lima Silva
Juliana Lima Silva
10 min. de leitura

Escolher um notebook para edição de vídeo exige atenção aos detalhes técnicos. Um bom equipamento acelera seu fluxo de trabalho, desde a decupagem até a renderização final. Este guia analisa seis notebooks potentes, selecionados para diferentes perfis de editores e orçamentos.

Você vai descobrir qual máquina oferece o melhor desempenho para softwares como Adobe Premiere Pro e DaVinci Resolve, garantindo que seus projetos em 4K ou Full HD rodem sem travamentos.

Placa de Vídeo: Dedicada ou Integrada para Editar?

A placa de vídeo, ou GPU, é um dos componentes mais importantes para quem trabalha com audiovisual. A diferença entre uma GPU integrada e uma dedicada é enorme. Placas integradas usam a memória RAM do sistema e têm poder de processamento limitado.

Elas servem para tarefas básicas e edições simples em 1080p, mas sofrem com efeitos, correção de cor e múltiplas trilhas de vídeo.

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Uma placa de vídeo dedicada, como as da linha NVIDIA RTX, possui sua própria memória (VRAM) e núcleos de processamento específicos. Isso acelera drasticamente a pré-visualização de efeitos em tempo real, estabilização de imagem e, principalmente, o tempo de renderização.

Softwares como o DaVinci Resolve e o Adobe Premiere Pro são otimizados para usar os núcleos CUDA das placas NVIDIA, tornando o processo de exportação muito mais rápido. Para um trabalho profissional, uma GPU dedicada não é opcional, é uma ferramenta essencial.

Análise: 6 Melhores Notebooks para Edição de Vídeo

1. ASUS TUF Gaming F16 Core 5, RTX 3050, 16 GB

O ASUS TUF Gaming F16 representa um excelente ponto de partida para editores que buscam um bom custo-benefício sem abrir mão do desempenho. Equipado com um processador Intel Core 5 e uma placa de vídeo NVIDIA RTX 3050, este notebook gamer para edição oferece a força necessária para lidar com projetos em Full HD e até mesmo 4K com certa fluidez.

Os 16 GB de memória RAM são o mínimo recomendado para um fluxo de trabalho confortável no Adobe Premiere Pro, permitindo a edição de timelines com algumas camadas de vídeo e efeitos sem grandes gargalos.

Esta máquina é ideal para freelancers, estudantes de audiovisual e criadores de conteúdo para redes sociais. A RTX 3050, embora seja um modelo de entrada da série, já proporciona uma aceleração de hardware significativa na renderização de vídeo, superando qualquer solução com gráficos integrados.

O armazenamento SSD NVMe garante que o sistema operacional, os programas e os arquivos de mídia carreguem rapidamente. Você consegue editar seus vídeos com agilidade, mas projetos muito complexos com correção de cor pesada ou múltiplos arquivos 4K podem exigir mais paciência na hora de exportar.

Prós
  • Placa de vídeo dedicada RTX 3050 acelera a renderização.
  • Bom equilíbrio de configuração para editores iniciantes.
  • Armazenamento SSD NVMe para carregamento rápido.
Contras
  • Os 16GB de RAM podem ser limitantes para projetos 4K muito pesados.
  • A fidelidade de cores da tela pode não ser ideal para color grading profissional.
  • A RTX 3050 pode apresentar lentidão em renders de alta complexidade.

2. Dell Alienware 16 Core 7, RTX 4050, 32GB RAM

Subindo para o segmento de alta performance, o Dell Alienware 16 é uma verdadeira estação de trabalho móvel. A combinação do processador Intel Core 7, uma placa de vídeo NVIDIA RTX 4050 e 32 GB de memória RAM para edição cria um ambiente robusto para profissionais.

Com esta configuração, você edita vídeos em 4K com múltiplas camadas, efeitos pesados e correção de cor em softwares como DaVinci Resolve com total fluidez na timeline. Os 32 GB de RAM são o grande diferencial aqui, permitindo que você mantenha abertos o Premiere Pro, o After Effects e o navegador sem que o sistema perca fôlego.

Este notebook é a escolha perfeita para editores de vídeo profissionais, coloristas e artistas de motion graphics que precisam de máxima potência e confiabilidade. A RTX 4050, parte da mais nova geração da NVIDIA, não só oferece um salto de desempenho na renderização de vídeo, como também é mais eficiente.

Isso significa que os tempos de exportação são drasticamente reduzidos. O sistema de refrigeração avançado da linha Alienware garante que o notebook mantenha o desempenho máximo mesmo durante longas sessões de renderização, uma tarefa que leva modelos inferiores ao superaquecimento e à perda de performance.

Prós
  • 32GB de RAM para multitarefa e projetos 4K complexos.
  • NVIDIA RTX 4050 oferece excelente velocidade de renderização.
  • Processador Core 7 garante performance geral do sistema.
  • Construção e refrigeração de alta qualidade.
Contras
  • Preço elevado, representando um investimento significativo.
  • Design robusto e pesado, o que diminui a portabilidade.
  • A autonomia da bateria é baixa sob carga pesada.

3. Dell Alienware 16 Core 5, RTX 4050, Linux

Esta versão do Alienware 16 oferece uma proposta interessante: mantém a poderosa placa de vídeo NVIDIA RTX 4050 e o chassi premium, mas troca o processador por um Intel Core 5 e vem com o sistema operacional Linux.

Essa configuração é direcionada a um nicho específico de usuários. Editores que preferem o ambiente Linux, especialmente para usar o DaVinci Resolve que possui uma excelente versão para a plataforma, encontram aqui uma máquina potente e pronta para o trabalho.

A economia gerada pela ausência da licença do Windows pode ser um atrativo.

Para quem este notebook é ideal? Para o editor de vídeo técnico, que se sente confortável instalando seu próprio sistema operacional ou que já trabalha em um fluxo baseado em Linux.

O processador Core 5 ainda é muito capaz, e a RTX 4050 continua sendo o componente chave para a aceleração de vídeo. Você obtém quase todo o poder de renderização do modelo mais caro, mas com um custo de entrada menor.

Contudo, a compatibilidade de plugins e alguns softwares pode ser uma barreira para quem depende exclusivamente do ecossistema Adobe, que não roda nativamente em Linux.

Prós
  • Mesma RTX 4050 do modelo mais caro, garantindo renderização rápida.
  • Custo reduzido pela ausência do Windows e processador Core 5.
  • Ideal para usuários de DaVinci Resolve em ambiente Linux.
  • Mantém a qualidade de construção e refrigeração da linha Alienware.
Contras
  • Exige conhecimento técnico para instalar Windows ou adaptar o fluxo ao Linux.
  • Incompatibilidade com softwares que só rodam em Windows, como a suíte Adobe.
  • O processador Core 5 pode ser um gargalo em tarefas muito dependentes de CPU.

4. Galaxy Book4 360 Core 5, Tela AMOLED 15.6 polegadas

O Samsung Galaxy Book4 360 foca em portabilidade e qualidade de imagem, não em poder de renderização. Seu principal destaque é a tela AMOLED de 15.6 polegadas, que entrega cores vibrantes e pretos perfeitos, uma característica excelente para quem precisa de fidelidade de cores para uma primeira avaliação do material.

O formato 2 em 1 e a leveza o tornam uma ótima opção para editores que precisam revisar filmagens, fazer cortes básicos e organizar projetos em trânsito.

Este notebook não é para renderizar projetos complexos. Ele conta com gráficos integrados Intel Arc, que são capazes de acelerar a decodificação de alguns formatos de vídeo, mas não se comparam a uma placa de vídeo dedicada.

É a escolha perfeita para o produtor, diretor ou roteirista que precisa de uma máquina leve para levar a reuniões e sets de filmagem. Você pode fazer uma montagem inicial no local e depois transferir o projeto para uma estação de trabalho mais potente para finalização.

Para edições rápidas em 1080p para redes sociais, ele dá conta do recado.

Prós
  • Tela AMOLED oferece qualidade de imagem e cores superiores.
  • Extremamente leve e portátil, com formato 2 em 1.
  • Ótima autonomia de bateria para tarefas leves.
Contras
  • Gráficos integrados são insuficientes para renderização pesada e efeitos.
  • Desempenho limitado para edição de vídeo em 4K.
  • O sistema de refrigeração não é projetado para cargas de trabalho contínuas.

5. Lenovo Thinkpad T14 i7 10ª Gen (Recondicionado)

Optar por um notebook recondicionado como o Lenovo Thinkpad T14 pode ser uma estratégia inteligente para quem tem um orçamento muito limitado. Os Thinkpads são conhecidos por sua durabilidade e teclados excelentes.

Esta unidade, com um processador Intel Core i7 de 10ª geração, ainda oferece um desempenho de CPU decente para tarefas gerais e edição de vídeo em 1080p. É uma máquina de trabalho confiável que já foi um modelo de ponta no mundo corporativo.

Este modelo é indicado para estudantes e editores iniciantes que trabalham principalmente com material em Full HD e não utilizam muitos efeitos visuais. A ausência de uma placa de vídeo dedicada é o principal ponto fraco.

A renderização de vídeo será lenta e totalmente dependente do processador. Contudo, para montagem de vídeos institucionais, aulas online ou conteúdo jornalístico, onde a agilidade nos cortes é mais importante que efeitos gráficos, ele pode ser uma solução funcional e muito econômica.

Prós
  • Custo extremamente baixo para um notebook com processador Core i7.
  • Construção robusta e durável, característica da linha Thinkpad.
  • Ótima opção para edição de vídeos mais simples em 1080p.
Contras
  • Ausência de placa de vídeo dedicada limita drasticamente o desempenho.
  • Processador de 10ª geração já está defasado para fluxos de trabalho modernos.
  • Por ser recondicionado, a vida útil da bateria pode ser reduzida.

6. Positivo Vision R15M Ryzen 5, 32GB RAM

O Positivo Vision R15M é um caso peculiar e interessante. Seu grande atrativo é a enorme quantidade de 32 GB de memória RAM em uma faixa de preço onde 8 GB ou 16 GB são a norma. Combinado com um processador AMD Ryzen 5, que oferece bom desempenho multi-core, ele se posiciona de forma única.

A ausência de uma placa de vídeo dedicada é, novamente, a principal limitação para um editor de vídeo.

Este notebook é uma escolha viável para um perfil de usuário muito específico: o editor que trabalha com projetos longos em 1080p, com muitas trilhas de áudio e vídeo, mas poucos efeitos gráficos.

Pense em documentários, podcasts em vídeo ou palestras. Nesses cenários, ter 32 GB de RAM permite uma navegação fluida pela timeline e evita que o programa trave, mesmo com um projeto pesado carregado.

A renderização será lenta, mas o processo de montagem e organização do material será confortável. É uma máquina para quem prioriza capacidade de memória sobre poder de processamento gráfico.

Prós
  • 32 GB de RAM, excelente para projetos longos e multitarefa.
  • Processador Ryzen 5 oferece bom desempenho para a faixa de preço.
  • Preço competitivo para a quantidade de memória oferecida.
Contras
  • Gráficos integrados são um grande gargalo para efeitos e renderização.
  • Qualidade de construção e da tela podem ser inferiores a outras marcas.
  • Não recomendado para quem trabalha com 4K ou motion graphics.

RAM e SSD: O Mínimo Necessário para Não Travar

A memória RAM e o armazenamento são fundamentais para um fluxo de trabalho sem interrupções. A RAM funciona como a mesa de trabalho do seu computador: quanto maior, mais arquivos e programas você consegue manter abertos e acessíveis instantaneamente.

Para edição de vídeo, os requisitos são:

  • 16 GB: O mínimo para editar vídeos em 1080p e 4K de forma funcional. Você consegue trabalhar, mas pode sentir lentidão ao usar outros programas simultaneamente.
  • 32 GB: O recomendado para um trabalho fluido em 4K. Permite usar o Adobe Premiere Pro e o After Effects juntos e ter uma pré-visualização mais estável em projetos complexos.
  • 64 GB ou mais: Necessário para profissionais que trabalham com resoluções 6K, 8K, ou com composições pesadas de efeitos visuais.

O armazenamento de acesso rápido é igualmente vital. Um SSD (Solid State Drive), especialmente do tipo NVMe, reduz drasticamente o tempo de inicialização do sistema e dos softwares.

Sua principal vantagem na edição é permitir a leitura rápida dos arquivos de vídeo, o que resulta em uma reprodução suave na timeline, sem engasgos ou quedas de frames. Usar um HD tradicional para os arquivos de projeto é uma receita para a frustração.

Processador (CPU): Intel ou AMD para Renderizar?

O processador (CPU) é o cérebro do seu notebook. Ele gerencia o sistema e executa a maioria das tarefas do software de edição. Na hora de renderizar, a CPU trabalha em conjunto com a GPU.

A disputa entre Intel e AMD hoje é menos sobre qual marca é melhor e mais sobre qual modelo específico oferece mais desempenho pelo seu dinheiro. Ambos os fabricantes produzem processadores excelentes para edição de vídeo.

Processadores Intel Core i7 e i9 são conhecidos pela ótima performance em tarefas que usam um único núcleo e pela tecnologia Quick Sync, que pode acelerar a codificação e decodificação de vídeos nos formatos H.

264 e H.265. Processadores AMD Ryzen 7 e 9 se destacam pelo alto número de núcleos, o que se traduz em um desempenho fantástico em renderização e outras tarefas que podem ser divididas em múltiplos processos.

Ao escolher, foque no número de núcleos, na frequência (em GHz) e na geração do processador. Um Core i7 de 13ª geração será muito superior a um de 10ª geração, por exemplo.

A Tela Importa? IPS vs AMOLED para Cores Fiéis

A tela do notebook é sua janela para o projeto. Se as cores que você vê nela não são precisas, sua correção de cor será inútil, pois o vídeo ficará diferente em outros dispositivos.

Para garantir fidelidade de cores, a tecnologia do painel e sua cobertura de gama de cores são cruciais. Os dois tipos principais são IPS e AMOLED.

  • Painéis IPS: São o padrão da indústria para trabalhos com precisão de cor. Oferecem ângulos de visão amplos e uma reprodução de cores consistente. Um bom painel IPS deve cobrir pelo menos 95% do espectro de cores sRGB.
  • Painéis AMOLED: Entregam um contraste infinito, com pretos verdadeiros, e cores extremamente vibrantes. São excelentes para consumo de mídia e podem ser muito precisos se bem calibrados. São uma ótima opção, especialmente para quem também assiste a muitos filmes e séries no aparelho.

Mais importante que a tecnologia do painel é verificar suas especificações. Procure por notebooks cuja tela tenha alta cobertura dos espectros de cor sRGB (para web) e DCI-P3 (para cinema digital).

Brilho alto, acima de 300 nits, também é importante para trabalhar em ambientes bem iluminados.

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