Melhores Máquinas de Solda: MIG, TIG ou MMA?

Juliana Lima Silva
Juliana Lima Silva
10 min. de leitura

Escolher a máquina de solda certa define a qualidade do seu trabalho e a facilidade da operação. Seja para reparos domésticos rápidos ou para uma serralheria com alta demanda, a tecnologia inversora transformou o mercado, entregando equipamentos leves, potentes e econômicos.

Analisamos as opções mais relevantes disponíveis, focando em eficiência, ciclo de trabalho e versatilidade para garantir que seu investimento traga retorno real.

MMA, MIG ou TIG: Qual Processo Escolher?

Antes de decidir o modelo, você deve definir o processo de soldagem que atende sua necessidade. O processo MMA (Eletrodo Revestido) é o mais comum e versátil. Ideal para reparos em portões, grades e estruturas de aço carbono, ele funciona bem mesmo em ambientes externos com vento.

É a escolha certeira para quem busca custo-benefício e simplicidade, dispensando o uso de cilindros de gás.

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Já a solda MIG/MAG oferece velocidade e acabamento superior, sendo perfeita para chapas finas e trabalhos de produção contínua. Existem máquinas que operam com gás (melhor acabamento) e sem gás (arame tubular, maior portabilidade).

O processo TIG, por sua vez, é sinônimo de precisão estética e controle total, excelente para soldas delicadas em aço inox, mas exige maior habilidade do operador.

Análise: As 10 Melhores Máquinas de Solda

1. Inversora ESAB Bantam 3.2 Bivolt

A ESAB é uma autoridade global em soldagem e a linha Bantam honra essa reputação trazendo robustez para um formato compacto. Este modelo é ideal para serralheiros que precisam de confiabilidade em campo.

A máquina suporta eletrodos de até 3.25mm, cobrindo a grande maioria das aplicações de reparo e fabricação leve. O destaque aqui é a estabilidade do arco, superior a muitas marcas genéricas, o que facilita o trabalho até para iniciantes.

Seu chassi é construído para resistir ao ambiente de obra, e a tecnologia inversora garante baixo consumo de energia. Diferente de máquinas de entrada que superaquecem rápido, a Bantam mantém um ciclo de trabalho honesto para sua categoria.

É a escolha lógica para quem prioriza durabilidade e assistência técnica garantida em vez de apenas o menor preço inicial.

Prós
  • Marca de referência mundial (ESAB)
  • Arco extremamente estável
  • Construção robusta e durável
  • Portabilidade excelente
Contras
  • Preço acima da média das importadas
  • Cabos originais poderiam ser mais longos

2. Inversora Boxer Flama 161A BV com TIG Raspagem

A Boxer Flama 161A se posiciona como uma das melhores opções para o profissional autônomo que enfrenta diferentes cenários elétricos. O sistema bivolt automático elimina a preocupação com a tensão da tomada no cliente.

Com 160 Amperes reais, ela derrete eletrodos 7018 de 3.25mm sem interrupções, algo que muitas concorrentes prometem mas não cumprem. O display digital facilita o ajuste fino, essencial para soldas mais críticas.

Outro ponto forte é a capacidade de realizar solda TIG através do processo de raspagem (TIG Lift/Scratch). Embora exija a tocha seca (vendida separadamente), essa funcionalidade expande o leque de serviços do profissional para trabalhos em aço inox e chapas finas.

É uma máquina que aguenta o tranco diário de uma serralheria de médio porte sem apresentar fadiga térmica precoce.

Prós
  • Bivolt automático
  • Derrete eletrodo 7018 continuamente
  • Função TIG de raspagem disponível
  • Excelente ciclo de trabalho
Contras
  • Não acompanha tocha TIG
  • TIG sem alta frequência exige mais técnica

3. Inversor Vonder RIV 156 150A com Display Digital

A Vonder consolidou-se no mercado brasileiro por oferecer ferramentas com bom padrão de qualidade e a RIV 156 segue essa linha. Este equipamento é focado no usuário que busca um display digital preciso para ajustes rápidos.

Com 150A, ela é perfeitamente dimensionada para eletrodos de 2.5mm e 3.25mm, atendendo bem hobbyistas avançados e manutenção predial.

A máquina incorpora tecnologias como Hot Start e Anti Stick, que evitam que o eletrodo cole na peça no início da soldagem. Isso reduz a frustração de quem está aprendendo e aumenta a produtividade do profissional.

Seu design é ergonômico e o peso reduzido facilita o transporte em escadas ou andaimes, tornando-a uma companheira fiel para instalações externas.

Prós
  • Display digital de fácil leitura
  • Tecnologia Anti Stick eficiente
  • Rede de assistência técnica ampla
  • Leve e compacta
Contras
  • Ciclo de trabalho cai em amperagem máxima
  • Cabos de solda básicos

4. Boxer Touch145 140A 220V Função TIG

A linha Touch da Boxer foi desenhada para ser a porta de entrada inteligente no mundo da solda. A Touch145 destaca-se pela inteligência do software de controle do arco. Ela ajusta automaticamente parâmetros para manter a estabilidade, o que resulta em cordões de solda mais uniformes mesmo se a sua mão oscilar um pouco.

É o equipamento ideal para quem faz bricolagem ou pequenos reparos em casa e quer resultados profissionais.

Apesar de compacta, ela não é um brinquedo. A ventilação forçada é eficiente, permitindo longos períodos de uso com eletrodos de 2.5mm. O recurso VRD (Voltage Reduction Device) reduz a tensão em vazio, aumentando a segurança do operador contra choques elétricos, uma característica crucial para hobistas que soldam em ambientes domésticos ou úmidos.

Prós
  • Software inteligente que facilita a solda
  • Sistema VRD de segurança
  • Preço acessível para a qualidade
  • Acabamento robusto
Contras
  • Apenas 220V (nesta versão)
  • Amperagem limite para estruturas pesadas

5. Máquina Tekna TW130I-MIGMMA 120A Sem Gás

Para quem deseja a facilidade da solda MIG mas não quer investir em cilindros de gás, a Tekna TW130I é uma solução prática. Ela opera com arame tubular autoprotegido (flux core), permitindo soldar chapas mais finas com menos risco de furar o material em comparação ao eletrodo revestido.

É a escolha perfeita para funilaria amadora e restauração de peças metálicas leves.

Além da função MIG sem gás, ela também opera como inversora MMA convencional, oferecendo versatilidade 2 em 1. O alimentador de arame é simples mas funcional para rolos pequenos. O usuário deve estar ciente de que a solda MIG sem gás gera respingos e escória, exigindo limpeza posterior com escova de aço, mas a facilidade de aprendizado compensa esse trabalho extra.

Prós
  • Solda MIG sem necessidade de cilindro
  • Versatilidade 2 em 1 (MIG e MMA)
  • Ótima para chapas finas
  • Fácil aprendizado
Contras
  • Gera mais respingos que MIG com gás
  • Potência limitada para metais grossos

6. Inversora Mig 160A 3 em 1 Easymig Start

A Easymig Start propõe ser uma oficina completa em uma única caixa. Sendo uma máquina 3 em 1, ela promete realizar soldas MIG (com e sem gás), TIG e Eletrodo Revestido. Essa flexibilidade atrai muito quem gosta de experimentar diferentes processos sem comprar três máquinas separadas.

É recomendada para o entusiasta maker que trabalha com diversos materiais e espessuras.

O painel é intuitivo, facilitando a troca entre os modos de operação. Embora seja uma máquina multiprocesso de entrada, ela entrega uma corrente estável para projetos de garagem. A capacidade de usar gás na solda MIG é um diferencial enorme em relação aos modelos puramente "sem gás", permitindo acabamentos limpos e profissionais em aço carbono quando você decidir evoluir seu setup.

Prós
  • Multiprocesso real (MIG/MAG, TIG, MMA)
  • Aceita gás para soldas limpas
  • Custo-benefício agressivo
  • Controles intuitivos
Contras
  • Manual pode ser confuso para iniciantes
  • Não indicada para produção industrial pesada

7. Inversora Nakasaki NK250A 250A Bivolt

A Nakasaki aposta em números altos para atrair compradores. Com uma promessa de 250 Amperes, esta máquina visa atender quem precisa derreter eletrodos mais grossos ou trabalhar por períodos mais longos sem interrupção térmica.

O display digital é grande e facilita a visualização em ambientes escuros. É uma opção válida para quem tem orçamento apertado mas precisa de "força bruta" teórica.

No entanto, é preciso cautela com as especificações de marcas genéricas. Embora potente para uso doméstico e pequenos bicos, a amperagem real pode variar em relação à nominal. Ela funciona bem com eletrodos 6013 e 7018 de diâmetros comuns.

A carcaça é simples, exigindo cuidado no transporte para evitar danos aos componentes internos.

Prós
  • Preço muito baixo pela potência anunciada
  • Display digital claro
  • Bivolt versátil
  • Kit de acessórios básico incluso
Contras
  • Amperagem real pode ser inferior à nominal
  • Acabamento externo simples

8. Solda Inversora 120MMA SparkBR Painel Digital

A SparkBR 120MMA define o conceito de ultra-portabilidade. Esta é a máquina para ter na caixa de ferramentas para emergências ou pequenos reparos eventuais, como consertar uma cadeira de jardim ou um ponto de solda em uma grade.

Seu tamanho reduzido permite que ela seja guardada em qualquer prateleira, ideal para quem mora em apartamento ou tem pouco espaço.

Sua limitação é clara: 120 Amperes restringem o uso a eletrodos de até 2.5mm (eletrodo 6013). Não espere soldar estruturas de telhado ou vigas pesadas com ela. O foco aqui é a praticidade para o usuário ocasional.

O painel digital é um bônus agradável nesta faixa de preço, ajudando a ajustar a corrente correta sem "chutar" valores no dial.

Prós
  • Extremamente compacta e leve
  • Preço de entrada acessível
  • Display digital
  • Ideal para pequenos reparos domésticos
Contras
  • Baixa potência para trabalhos médios
  • Ciclo de trabalho curto

9. Inversora FORTG 100A 110V Display Digital

Muitas residências brasileiras dispõem apenas de tomadas 110V (127V), e a FORTG atende especificamente esse público. Esta inversora foi projetada para extrair o máximo de eficiência possível de uma rede de baixa tensão.

É a solução para o hobbista que não quer ou não pode instalar uma tomada 220V específica apenas para soldar esporadicamente.

Com 100A de capacidade, ela é estritamente para eletrodos finos (2.0mm ou 2.5mm). O uso exige paciência e técnica, pois a margem de potência é estreita. Contudo, para artesanato em metal e reparos leves, ela cumpre o papel.

O display digital ajuda a monitorar a corrente, garantindo que você não exija mais do que a rede elétrica doméstica pode fornecer.

Prós
  • Funciona em redes 110V comuns
  • Compacta e fácil de guardar
  • Display digital incluso
  • Baixo consumo de energia
Contras
  • Potência muito limitada (100A)
  • Restrita a eletrodos finos

10. Inversora Fix1350 105A MMA TIG NEVVO

A NEVVO traz um design moderno para o segmento de entrada com a Fix1350. Apesar da nomenclatura sugerir maior potência, ela entrega 105A, o que a coloca na categoria de máquinas para hobby e manutenção leve.

O diferencial visual e a construção compacta atraem usuários que valorizam a estética das ferramentas tanto quanto a função.

Ela oferece a possibilidade de solda TIG (via tocha seca opcional), o que é surpreendente para uma máquina deste porte. O foco é a facilidade de uso: ligar e soldar. É recomendada para quem está começando a se aventurar na soldagem e precisa de um equipamento descomplicado, leve e que não ocupe espaço na oficina caseira.

Prós
  • Design moderno e ergonômico
  • Preparada para TIG Lift
  • Portabilidade extrema
  • Interface simplificada
Contras
  • Amperagem baixa para uso geral
  • Custo-benefício pode variar frente a concorrentes

Inversora vs Transformador: Eficiência Energética

A batalha entre inversoras e os antigos transformadores (aquelas máquinas pesadas e barulhentas) já tem um vencedor claro. As inversoras utilizam circuitos eletrônicos para controlar a corrente, resultando em equipamentos que pesam até 80% menos e consomem cerca de 40% a 50% menos energia elétrica.

Isso significa que você pode ligar uma inversora em tomadas residenciais comuns sem derrubar o disjuntor da casa.

Além da economia, a qualidade da solda é superior na inversora. Elas fornecem corrente contínua (DC), o que gera um arco mais estável, macio e com menos respingos. O transformador, que geralmente opera em corrente alternada (AC), torna a abertura do arco mais difícil e a solda mais instável.

Para quem está comprando hoje, a tecnologia inversora é, sem dúvida, a escolha inteligente.

O Que Considerar no Ciclo de Trabalho?

O ciclo de trabalho é o dado técnico mais importante e muitas vezes o mais ignorado. Ele indica quanto tempo a máquina pode soldar continuamente dentro de um período de 10 minutos antes de precisar parar para esfriar.

Por exemplo, uma máquina com ciclo de 60% a 160A pode soldar por 6 minutos a essa amperagem e deve descansar (ligada, ventilando) por 4 minutos.

Para uso profissional, busque ciclos de trabalho acima de 60% na amperagem que você mais utiliza. Se você comprar uma máquina subdimensionada e forçá-la além do ciclo, ela desligará por proteção térmica constantemente, matando sua produtividade.

Para hobby, ciclos menores (30-40%) são aceitáveis, pois o uso é naturalmente mais pausado para ajustes e preparações.

Funções Extras: Hot Start, Arc Force e Anti Stick

  • Hot Start (Partida Quente): A máquina envia um pico extra de corrente no momento exato que você toca o eletrodo na peça. Isso facilita a abertura do arco elétrico, especialmente com eletrodos úmidos ou difíceis, e evita que o eletrodo grude logo no início.
  • Arc Force (Força do Arco): Durante a solda, se o eletrodo chegar muito perto da peça (quase grudando), a máquina aumenta a corrente automaticamente para manter o arco aberto e estável. Isso evita que o arco se apague e ajuda na penetração da solda.
  • Anti Stick (Anti-Colagem): Se o eletrodo realmente grudar na peça, a máquina corta a corrente quase instantaneamente. Isso protege a máquina de sobrecarga e impede que o eletrodo superaqueça e estrague, facilitando a remoção para tentar novamente.

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