Melhores guitarras de 7 cordas para metal: 4 Opções

Juliana Lima Silva
Juliana Lima Silva
7 min. de leitura

Encontrar a guitarra de 7 cordas certa para metal é uma decisão que define seu timbre e sua tocabilidade. Você precisa de um instrumento que mantenha a clareza e a tensão nas cordas mais graves, mesmo com afinações baixas e alta distorção.

Este guia analisa em detalhes quatro modelos da Ibanez, uma marca sinônimo de velocidade e precisão no metal. Comparamos desde a porta de entrada da série GIO até as inovações da linha RG e Multi-Escala, para que você possa escolher a ferramenta perfeita para construir seus riffs mais pesados.

Como Escolher a Guitarra de 7 Cordas para Metal

Antes de decidir, considere alguns pontos técnicos. A escala da guitarra, que é o comprimento da corda vibrante, afeta a tensão e o timbre. Escalas mais longas, como 26.5 polegadas ou as multi-escala, oferecem mais tensão na sétima corda, evitando que ela soe mole ou sem definição.

A ponte fixa é quase um padrão para o metal moderno, pois garante máxima estabilidade de afinação, essencial para quem usa drop tunings. Por fim, os captadores humbucker são obrigatórios.

Eles cancelam ruídos e entregam o ganho e a compressão necessários para o som pesado, mas a qualidade deles varia muito entre os modelos de entrada e os profissionais.

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Análise: 4 Guitarras de 7 Cordas Para Metal

1. Ibanez Gio GRG7221QA 7 Cordas Sunburst

A Ibanez GRG7221QA é a porta de entrada ideal para guitarristas que desejam explorar o universo das 7 cordas sem fazer um grande investimento. Para quem está migrando de uma guitarra de 6 cordas, este modelo oferece o conforto característico da Ibanez, com um braço fino e rápido que facilita a adaptação.

O acabamento com tampo em Quilted Maple Art Grain confere uma aparência sofisticada, incomum para instrumentos nesta faixa de preço. Ela é a escolha perfeita para o músico que está começando a experimentar afinações mais baixas e precisa de uma guitarra funcional para estudo e prática.

Seu foco é o custo-benefício. A ponte fixa (F107) mantém a afinação estável, um ponto crucial para quem toca metal. Os captadores Infinity R, no entanto, são seu ponto mais controverso.

Eles cumprem o papel para quem está aprendendo ou tocando com ganho moderado. Para guitarristas que buscam timbres de metal mais definidos, especialmente em gêneros como djent ou metalcore que exigem clareza nas notas graves, um upgrade futuro de captadores será necessário.

Considere esta guitarra uma excelente plataforma para modificações, que já entrega uma tocabilidade superior desde o início.

Prós
  • Excelente custo-benefício para iniciantes em 7 cordas.
  • Braço fino e confortável, facilitando a adaptação.
  • Ponte fixa oferece boa estabilidade de afinação.
  • Visual atraente com o tampo em Quilted Maple Art Grain.
Contras
  • Os captadores Infinity R carecem de definição e clareza com alto ganho, soando embolados em afinações muito baixas.
  • Os componentes eletrônicos e o hardware são básicos, refletindo o preço.

2. Ibanez 7 Cordas GRG7221 GIO

Este modelo, o GRG7221, é essencialmente o irmão gêmeo funcional do modelo QA, mas com um foco pragmático: performance acessível. A principal diferença reside no acabamento. Enquanto a versão QA ostenta um tampo decorativo, esta guitarra aposta em cores sólidas e um visual mais direto.

Esta é a guitarra para o músico que não se importa com a estética e quer a melhor tocabilidade possível pelo menor preço. Se você busca uma ferramenta de estudo ou uma segunda guitarra para experimentar afinações sem gastar muito, este modelo entrega o DNA da Ibanez de forma pura e simples.

Ela compartilha as mesmas especificações centrais da linha GIO de 7 cordas: corpo em Poplar, braço em Maple com perfil GRG7 e os mesmos captadores humbucker Infinity R. A experiência de tocar é idêntica: rápida, confortável e surpreendentemente ergonômica.

A ponte fixa F107 faz seu trabalho de manter tudo nos eixos, mesmo com palhetadas agressivas. É a escolha certa para quem valoriza a função acima da forma e entende que está adquirindo um instrumento com enorme potencial para upgrades futuros, começando pelos captadores.

Prós
  • Opção mais acessível para entrar no mundo das 7 cordas.
  • Tocabilidade rápida e confortável, padrão da Ibanez.
  • Construção sólida com ponte fixa que segura a afinação.
  • Ideal como plataforma para customização e upgrades.
Contras
  • Os captadores Infinity R são o elo mais fraco, com falta de punch e clareza para metal moderno.
  • O corpo em Poplar entrega um timbre funcional, mas sem a riqueza harmônica de madeiras como Mogno.

3. Ibanez RG7421 7 Cordas Walnut Flat

A Ibanez RG7421 representa um salto de qualidade significativo em relação à série GIO. Este instrumento é projetado para o guitarrista intermediário a avançado que precisa de uma ferramenta de trabalho confiável para shows, gravações e prática intensa.

O braço Wizard II-7 é um dos grandes atrativos: ainda mais fino e plano que o da linha GIO, ele é construído para velocidade e precisão técnica. Esta guitarra é a escolha perfeita para músicos de metal que já superaram as limitações de um instrumento de entrada e buscam mais definição sonora e performance.

A grande melhoria está nos captadores Quantum. Eles oferecem uma resposta de graves muito mais controlada e agudos mais articulados em comparação com os Infinity. Isso se traduz em um timbre que não embola sob alta distorção, permitindo que riffs complexos e acordes com extensões sejam ouvidos com clareza.

O corpo em Meranti (similar ao Mogno) adiciona peso e sustain ao som. A RG7421 é uma guitarra que já vem pronta para o palco, entregando o som e a sensação de um instrumento profissional com um preço que ainda é acessível.

Prós
  • Braço Wizard II-7 extremamente rápido e confortável para solos e riffs complexos.
  • Captadores Quantum oferecem ótima clareza e graves definidos para metal.
  • Excelente upgrade em relação à série GIO, pronta para uso profissional.
  • Construção robusta e hardware confiável.
Contras
  • O acabamento fosco (Walnut Flat) pode mostrar marcas de uso e oleosidade com facilidade.
  • Embora bons, os captadores Quantum podem não satisfazer guitarristas que buscam o timbre boutique de marcas como Bare Knuckle ou Fishman.

4. Ibanez RG MS7 Multi Escala 7 Cordas

A Ibanez RGMS7 é a escolha definitiva para o guitarrista de metal moderno. Ela é projetada especificamente para resolver os problemas de tensão e entonação inerentes às guitarras de alcance estendido.

A característica principal é sua escala múltipla (multi-escala), com trastes em leque (fanned frets). Isso significa que a corda mais grave (Si) tem uma escala mais longa (27 polegadas), garantindo tensão e um timbre firme, enquanto a corda mais aguda (Mi) tem uma escala mais curta (25.

5 polegadas), facilitando bends. Esta guitarra é perfeita para músicos de djent, progressive metal e qualquer estilo que use afinações extremamente baixas.

Além da ergonomia superior proporcionada pela multi-escala, que se alinha melhor ao movimento natural do pulso, a RGMS7 vem com outros recursos premium. A ponte mono-rail isola cada corda, maximizando a transferência de vibração para o corpo e melhorando a clareza nota a nota.

Os captadores Array 7 MS foram desenhados para funcionar com a angulação dos trastes, oferecendo um som balanceado e poderoso em todas as cordas. Se você busca o que há de mais atual em design de guitarras para metal e prioriza intonação perfeita e conforto, este é o seu instrumento.

Prós
  • A multi-escala oferece tensão de corda e entonação superiores.
  • Design ergonômico que reduz a fadiga do pulso.
  • Timbre extremamente claro e definido nas cordas graves, ideal para djent.
  • Ponte mono-rail melhora o sustain e a separação das notas.
Contras
  • A adaptação aos trastes em leque pode levar algum tempo e não é natural para todos.
  • O preço é mais elevado, posicionando-a fora do alcance de iniciantes.

Multi-Escala vs. Escala Padrão: Qual a Vantagem?

A tecnologia multi-escala, ou fanned-fret, otimiza a tensão de cada corda individualmente. Em uma guitarra de escala padrão, todas as cordas têm o mesmo comprimento. Isso pode resultar em uma corda Si grave (B) um pouco mole e sem brilho, ou em cordas agudas muito tensas e difíceis de dobrar.

A multi-escala resolve isso com uma escala mais longa para as cordas graves e uma mais curta para as agudas. O resultado é um timbre mais equilibrado, com graves firmes e agudos suaves.

A principal vantagem é a clareza sônica em afinações baixas, tornando-a a favorita para estilos como o djent. A ergonomia também melhora, pois os trastes angulados acompanham o arco natural dos seus dedos.

Captadores: O Coração do Timbre de Metal

Os captadores são responsáveis por transformar a vibração das cordas em sinal elétrico. Para metal, os humbuckers são essenciais. Eles usam duas bobinas para cancelar ruídos indesejados e produzir um som mais cheio e com mais saída.

Os modelos analisados usam captadores passivos, que são dinâmicos e respondem bem à sua palhetada. A diferença de qualidade é notável: os Infinity R da linha GIO são funcionais, mas os Quantum da linha RG oferecem muito mais definição.

Captadores ativos, por outro lado, usam uma bateria para pré-amplificar o sinal, resultando em um som de altíssimo ganho, compressão e clareza, popularizado por marcas como EMG.

Ponte Fixa: Estabilidade para Afinações Baixas

Para o guitarrista de metal que muda constantemente de afinação ou usa afinações muito baixas (drop A, por exemplo), a ponte fixa é a melhor aliada. Diferente de uma ponte flutuante (como a Floyd Rose), a ponte fixa é aparafusada diretamente no corpo da guitarra.

Isso proporciona dois benefícios principais: maior sustain, pois a vibração das cordas é transferida de forma mais eficiente para a madeira, e uma estabilidade de afinação incomparável.

Você pode trocar de afinação rapidamente sem desregular todo o sistema, algo impraticável em uma ponte flutuante. Todos os modelos Ibanez desta lista usam pontes fixas, reforçando sua vocação para o metal pesado.

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