Melhores Celulares Asus Zenfone Com Câmera Flip?

Você busca um celular Asus com a icônica câmera flip e se pergunta quais são os melhores modelos. Este guia oferece uma resposta definitiva. A linha Zenfone Flip foi descontinuada pela Asus, o que significa que não existem modelos novos disponíveis para compra.

Este artigo não é uma lista de produtos, mas um manual completo sobre o legado dessa tecnologia. Aqui, você vai entender o que tornou a câmera giratória especial, conhecer os modelos que marcaram época e receber uma análise clara sobre os riscos e benefícios de adquirir um desses aparelhos no mercado de usados.

A câmera flip da Asus foi uma solução de engenharia elegante para dois problemas persistentes no design de smartphones: a qualidade inferior das câmeras frontais e a interrupção da tela por notches ou furos.

O conceito era simples e eficaz. O aparelho usava um único conjunto de câmeras de alta qualidade, que normalmente ficava na traseira, e o girava para a frente quando você queria tirar uma selfie ou fazer uma videochamada.

Esse mecanismo motorizado transformava a câmera principal em câmera de selfie.

O principal benefício era a qualidade fotográfica. Você podia tirar selfies com o sensor principal, que é maior e mais avançado, resultando em imagens com mais detalhes, melhor desempenho em baixa luz e cores mais precisas.

Além disso, todo o conjunto de lentes ficava disponível, permitindo selfies com a lente ultrawide, ideal para fotos em grupo, ou até mesmo com a lente de zoom. O segundo grande atrativo era a tela.

Sem a necessidade de um recorte para a câmera frontal, os Zenfones Flip ofereciam uma experiência de visualização verdadeiramente imersiva, com um painel AMOLED contínuo e sem distrações, perfeito para consumir vídeos e jogos.

A jornada da câmera giratória da Asus durou três gerações, cada uma aprimorando a fórmula. A linha se tornou um símbolo de inovação para a marca, atraindo um público que valorizava design diferenciado e versatilidade fotográfica.

Conhecer a evolução desses modelos ajuda a entender o pico e o fim dessa tecnologia.

• Asus Zenfone 6 (2019): O pioneiro que introduziu o conceito ao mundo. Equipado com o processador Snapdragon 855 e um módulo duplo de câmera, ele causou impacto imediato. O mecanismo era robusto e oferecia recursos criativos, como o panorama automático, no qual o motor movia a câmera para capturar a cena. Foi a prova de que a ideia era funcional e desejável.
• Asus Zenfone 7 e 7 Pro (2020): A evolução natural. A Asus aprimorou o design e, mais importante, adicionou uma terceira lente de zoom ao módulo giratório. Isso tornou o conjunto ainda mais versátil. Os aparelhos vieram com os processadores Snapdragon 865 e 865+, além de uma tela AMOLED com taxa de atualização de 90Hz, refinando a experiência em todos os aspectos.
• Asus Zenfone 8 Flip (2021): O último representante da linhagem. Este modelo manteve o design geral do seu antecessor, mas trouxe o poderoso processador Snapdragon 888. Ele representou o ápice da tecnologia de câmera flip da Asus. Após seu lançamento, a empresa mudou a estratégia da linha Zenfone, focando em aparelhos compactos e abandonando o mecanismo motorizado.

A câmera giratória e a tela dobrável são duas respostas diferentes à busca por mais espaço de tela e novas funcionalidades. A abordagem da Asus com a câmera flip focava em otimizar a fotografia e purificar a experiência de visualização.

A inovação estava em unificar a qualidade fotográfica, permitindo que a melhor câmera do celular fosse usada para qualquer tipo de foto, e entregar uma tela sem interrupções. Era uma solução focada na experiência de uso do display e da câmera.

Os celulares dobráveis, por outro lado, representam uma mudança fundamental no formato do dispositivo. A inovação deles está na flexibilidade do hardware, transformando um aparelho de bolso em um pequeno tablet.

O objetivo é a multitarefa e a portabilidade de uma tela grande. Enquanto a câmera flip resolvia um problema de usabilidade, os dobráveis criam uma nova categoria de produto. Ambas as tecnologias são engenhosas, mas atendem a propósitos distintos.

A câmera flip era uma otimização, enquanto o dobrável é uma reinvenção.

Os modelos Zenfone com câmera flip sempre foram equipados com processadores Snapdragon topo de linha de sua época. O Zenfone 8 Flip, por exemplo, usa o Snapdragon 888, um chip que ainda hoje oferece excelente desempenho para tarefas diárias, redes sociais e até mesmo jogos pesados.

O Zenfone 7 Pro, com seu Snapdragon 865+, também se mantém competente. A interface ZenUI da Asus, conhecida por ser leve e próxima do Android puro, ajuda a manter a fluidez do sistema.

A autonomia de bateria era um ponto forte. Todos os modelos da linha vinham com uma célula de 5.000mAh, garantindo facilmente um dia inteiro de uso intenso. Contudo, ao considerar um aparelho usado, a saúde da bateria é uma grande incógnita.

Anos de ciclos de carga e descarga inevitavelmente reduzem sua capacidade original. O maior ponto de atenção, no entanto, é o software. Como são aparelhos descontinuados, eles não recebem mais atualizações de versão do Android nem pacotes de segurança, o que representa um risco para o usuário.

A decisão de comprar um Zenfone Flip usado depende exclusivamente do seu perfil de usuário. Para a grande maioria das pessoas, a resposta é não. A ausência de atualizações de segurança é um risco digital significativo.

O desgaste natural do motor da câmera, uma peça mecânica, é um ponto de falha em potencial, e o conserto é difícil e caro. A bateria degradada também compromete a experiência de uso.

É uma compra que exige consciência dos problemas.

Contudo, para um nicho específico, a compra pode fazer sentido. Se você é um entusiasta de tecnologia, um colecionador, ou alguém que valoriza a qualidade de selfie acima de tudo e aceita os riscos, o Zenfone Flip ainda oferece uma experiência única.

A tela sem recortes e a versatilidade de ter uma câmera principal para selfies são diferenciais que nenhum aparelho novo oferece. A compra se torna uma escolha emocional, motivada pelo design e pela funcionalidade exclusiva, e não uma decisão prática ou racional.