Melhores baixos acústicos: Guia Para Tocar Acústico

Juliana Lima Silva
Juliana Lima Silva
7 min. de leitura

Encontrar um baixo acústico que equilibre timbre, tocabilidade e volume pode ser um desafio. Este guia foi criado para simplificar sua decisão. Analisamos os modelos mais relevantes do mercado, desde o som clássico de um Fender até a portabilidade extrema de um Traveler Guitar e a sonoridade única de um baixo ukulele.

Aqui, você entenderá as diferenças cruciais entre eles e descobrirá qual instrumento se alinha perfeitamente ao seu estilo de tocar e às suas necessidades.

Como Escolher o Baixo Acústico Ideal?

A escolha do baixo acústico certo depende de três fatores principais: o som que você procura, onde você vai tocar e seu conforto com o instrumento. O tamanho do corpo e o comprimento da escala influenciam diretamente a tocabilidade e o timbre.

Corpos maiores, como o formato Dreadnought, oferecem mais volume desplugado, mas podem ser desconfortáveis para músicos de menor estatura. A presença de um sistema de captação elétrico define se o baixo está pronto para palcos ou apenas para rodas de violão.

Por fim, as madeiras usadas na construção são a alma do timbre, cada combinação produz um caráter sonoro distinto.

Nossas análises e classificações são completamente independentes de patrocínios de marcas e colocações pagas. Se você realizar uma compra por meio dos nossos links, poderemos receber uma comissão. Diretrizes de Conteúdo

Análise: Os 3 Melhores Baixos Acústicos de Destaque

Selecionamos três modelos que representam diferentes propostas no mundo dos baixos acústicos. Cada um deles atende a um perfil de músico específico, oferecendo soluções distintas para quem busca o som grave em um formato desplugado.

1. Fender Baixo Acústico FA-450CE Sunburst

O Fender FA-450CE é a personificação do baixo acústico clássico. Com seu corpo no formato Concert Bass e um belíssimo acabamento, ele entrega a qualidade de construção e o som que se espera da marca.

O tampo em flame maple não só adiciona um apelo visual sofisticado, mas também contribui para um timbre com ataque claro e definido, enquanto o fundo e as laterais em mogno garantem a sustentação e o calor dos médios.

O som desplugado é cheio e com boa projeção, ideal para acompanhar violões em um luau ou ensaio acústico. Equipado com o sistema de captação Fishman, este baixo está pronto para ser plugado em um amplificador ou mesa de som, mantendo a fidelidade do seu timbre acústico e oferecendo controle total com equalizador e afinador embutidos.

Para o baixista que procura um instrumento principal para contextos acústicos, o Fender FA-450CE é a escolha ideal. Ele é perfeito para músicos que tocam em igrejas, bandas de pop rock acústico ou para quem simplesmente deseja um baixo confiável para compor e estudar em casa com um som inspirador.

A escala longa de 32 polegadas oferece uma sensação familiar para quem já toca baixo elétrico, facilitando a transição. Se você valoriza um timbre tradicional, construção robusta e a versatilidade de um sistema elétrico de alta qualidade para apresentações, este Fender entrega um pacote completo e profissional.

Prós
  • Timbre acústico clássico, encorpado e com boa projeção.
  • Sistema de captação Fishman de alta qualidade com afinador.
  • Construção e acabamento excelentes, dignos da marca Fender.
  • Visual atraente com o tampo em flame maple.
Contras
  • O corpo no formato Concert, embora confortável, pode não ter o mesmo volume de um Jumbo.
  • Preço mais elevado, posicionando-o como um investimento para músicos intermediários a avançados.

2. Traveler Guitar Baixo Acústico Ultraleve

O Traveler Guitar Ultraleve redefine o conceito de portabilidade. Este instrumento abandona o corpo acústico tradicional em favor de um design minimalista, focado em ser o mais leve e compacto possível.

Sem caixa de ressonância, seu som desplugado é extremamente baixo, similar ao de um baixo elétrico desligado. Sua finalidade não é a performance acústica, mas sim a prática silenciosa e a facilidade de transporte.

O som real do instrumento aparece quando conectado a um amplificador ou fones de ouvido, através de um sistema de captação piezo customizado. A escala curta de 30 polegadas torna a tocabilidade muito confortável, especialmente para quem tem mãos menores ou está acostumado com guitarras.

Este baixo é a ferramenta definitiva para o músico que está sempre em movimento. Se você viaja com frequência a trabalho, é um estudante em um dormitório com pouco espaço ou simplesmente precisa de um baixo para aquecer no camarim antes do show, o Traveler Guitar é imbatível.

Ele não substitui um baixo acústico tradicional em uma roda de som, pois não tem volume para isso. Sua proposta é ser um companheiro de estudo e prática que pode ser levado para qualquer lugar dentro de seu gig bag compacto, sem o peso e o volume de um instrumento convencional.

Prós
  • Extremamente leve e compacto, ideal para viagens.
  • Escala curta que proporciona grande conforto ao tocar.
  • Perfeito para estudo silencioso sem incomodar outras pessoas.
  • Inclui gig bag de alta qualidade feito para o transporte.
Contras
  • Volume acústico praticamente nulo, depende de amplificador ou fones.
  • O som do captador piezo pode soar magro sem equalização externa.
  • Design minimalista pode não agradar quem busca um visual clássico.

3. Caramel Baixo Ukulele Acústico-Elétrico 76 cm

O Baixo Ukulele da Caramel é um instrumento que surpreende pelo seu tamanho reduzido e timbre gigante. Com uma escala muito curta e cordas grossas de poliuretano, ele produz um som grave, redondo e com um sustain curto que lembra muito o de um baixo acústico vertical (contrabaixo acústico).

É um timbre gordo e aveludado, completamente diferente de um baixo acústico tradicional com cordas de metal. A construção em Zebrawood confere um visual exótico e único. Apesar do corpo pequeno, ele possui um sistema de captação com equalizador de 3 bandas e afinador, tornando-o pronto para ser usado no palco.

Este baixo ukulele é para o músico que busca um som distinto e muita diversão. É uma adição fantástica para bandas de folk, jazz, reggae ou para qualquer um que queira adicionar uma textura grave e orgânica à sua música.

Ukulelistas que desejam explorar o mundo das baixas frequências encontrarão nele uma transição natural. Se você quer um instrumento que seja um ponto de conversa, fácil de transportar e que ofereça um timbre único que poucos esperam de algo tão pequeno, esta é a sua escolha.

Ele brilha quando plugado, onde seu caráter sonoro pode ser totalmente explorado.

Prós
  • Timbre único, similar ao de um baixo acústico vertical.
  • Extremamente portátil e leve.
  • Divertido e fácil de tocar, especialmente para quem tem mãos pequenas.
  • Sistema elétrico completo com EQ e afinador.
Contras
  • As cordas de poliuretano exigem um tempo de adaptação e podem demorar a estabilizar a afinação.
  • Projeção acústica desplugada é baixa, sendo mais eficaz quando amplificado.
  • Sustain curto pode não ser ideal para todos os estilos musicais.

Tamanho e Escala: Do Tradicional ao Baixo Ukulele

O comprimento da escala, a distância entre a pestana e o rastilho, é um fator determinante na tocabilidade e no som. A escala longa, em torno de 34 polegadas, é o padrão nos baixos elétricos e em alguns acústicos como o Fender, oferecendo maior tensão nas cordas, mais sustain e um timbre com mais brilho.

Já a escala curta, com 30 polegadas ou menos, como no Traveler Guitar e no Baixo Ukulele, deixa as cordas mais macias e fáceis de pressionar. Isso resulta em um som mais fundamental, com graves mais redondos e menos brilho, além de tornar o instrumento mais compacto e acessível para músicos com mãos menores.

Acústico-Elétrico: Vale a Pena a Captação Embutida?

Um baixo acústico-elétrico vem com um sistema de captação, geralmente um captador piezo instalado sob o rastilho da ponte, e um pré-amplificador na lateral do corpo. A resposta curta é: sim, quase sempre vale a pena.

O volume gerado por um baixo acústico ao ser tocado desplugado raramente consegue competir com o de um ou mais violões, muito menos com uma bateria. A captação embutida oferece a versatilidade de plugar o instrumento em um amplificador ou sistema de som, tornando-o útil para ensaios, gravações e shows ao vivo.

Sem ela, sua utilidade fica restrita a estudos solitários ou situações acústicas muito silenciosas.

Madeiras e Timbre: O Que Influencia o Som do Baixo?

A combinação de madeiras usadas na construção do baixo acústico é o que define sua voz. Cada tipo de madeira vibra de uma maneira, enfatizando certas frequências.

  • Tampo: Esta é a parte mais crítica para o som. Spruce é a madeira mais comum, conhecida pelo seu som claro, articulado e com boa projeção. Mogno (Mahogany) produz um som mais quente e focado nos médios, com menos brilho. Maple, como no Fender FA-450CE, oferece um timbre brilhante e com ataque rápido.
  • Fundo e Laterais: Estas partes adicionam a 'cor' ao som. Mogno reforça os médios e o calor. Rosewood é conhecido por seus graves profundos e agudos cristalinos, criando um som mais complexo. Sapele é similar ao mogno, mas com um pouco mais de brilho nos agudos.
  • Braço e Escala: Embora com menor impacto no timbre geral, estas madeiras afetam o sustain e a sensação ao tocar. Escalas em Rosewood ou Laurel são macias e quentes, enquanto Maple ou Walnut são mais duras e brilhantes.

Perguntas Frequentes

Conheça nossos especialistas

Artigos Relacionados